...momentos que serão recordados para sempre...O beijo!! Viagem realizada a 15 de Maio de 2010 à capital (Zoo de Lisboa)
entrevista sobre a vida de um cigano from Filipe on Vimeo.
Grupo de meninos ciganos conversam com os seus familiares mais velhos sobre a vida que levavam antigamente.
Festival Internacional de Animação do Brasil, ou o popular Anima Mundi 2009
O nosso filme...
...deixo mais este pequeno apontamento...afinal eles conseguem!
Como estamos em tempo de férias, de vez em quando, lá faço umas horas de passeio com os meus meninos. Neste dia fomos a Espinho. A praia estava cheia de rapaziada nova. Estava calor, muito calor, um ambiente fantástico. Eu, o Miguel e o soneca Hugo de perna entrançada, bem sentados na esplanada, comendo um gelado e olhando para o mar e está bem, para algumas sereias!
Grande fim de tarde!
Mais uma saída com os meninos e meninas da Baralha. Hoje fomos, mais uma vez, a São João da Madeira. Um festival de cinema onde passou o nosso filme de animação “carro preto carro branco”. Fomos recebidos de braços abertos…pois estes meninos já são estrelas no meio artístico…outras novas virão por aí…e que novas! Aguardem que ira valer o tempo de espera! Promessa minha!
Ps. as fotos estão más mas é o que se pode arranjar!
Ontem à noite tivemos mais uma saída…e que saída! Fomos até Estarreja ver e ouvir um grupo do Rajastão Indiano, os ciganos Musafir - Gypsies of Rajasthan sob a batuta de Hameed Khan o mentor do grupo
O grupo desvenda as mais profundas raízes do Rajastão perfumadas por dançarinas encantadoras de cobras, acrobacias com fakirs, engolidores de sabres e cuspidores de fogo. As crianças adoram e nós também é claro…da minha parte posso garantir que foi do melhor que vi ultimamente!
Momentos para não esquecer!
A beleza da dançarina de nome SUPKI que, além de bonita e excelente dançarina, foi uma simpatia para com as crianças!
" A Junta de Freguesia da Sé-Faro, à semelhança do sucedido em anos transactos, realizou mais uma edição do Sé-Video, que este ano contou com a 10ª edição.
Este evento pretendeu fomentar e divulgar o que de melhor que se fez em video amador.
O X Sé-Video abrangeu as seguintes categorias:
Categoria A : Algarve-História, Tradição, Actualidade, Ria Formosa /15 minutos
Categoria B : Livre / 20 minutos
Categoria C : Animação / 15 minutos
A sessão pública e divulgação de prémios teve lugar no passado dia 26 de Junho pelas 21H00, no Auditório da Biblioteca Municipal de Faro."
Eis o merecido prémio, o1ª lugar deste festival de animação e vídeo!
Meninos da Baralha...este é para vocês!
Pois é ontem fomos ver este trio de ouro (Biel Ballester) a São João da Madeira....muito da sua música é baseada no formidável Jean "Django" Reinhardt. Um cigano que foi um dos pioneiros do jazz na Europa e também um dos primeiros músicos não negros nesse estilo musical. Django Reinhardt passou a maior parte de sua juventude em um acampamento cigano próximo de Paris. As crianças, tal como, nós adoramos.
Para repetir...O jazz pode chegar a toda a gente...basta ir ver!
Vá lá ouçam a música e digam qualquer coisa...
Almas puras que brilham com o rufar do tambor!
Alegria bem estampada nestes meninos!
Hoje foram eles que e deram uma lição de vida…
Haja alegria, sempre, nos seus corações!
Venha então a dança!
A minha reflexão sobre o trabalho que exerço e sobre a escola dos nossos dias...
Realizou-se no dia 8-4-2009 a festa cigana no acampamento da Baralha. Festejou-se o dia Internacional Romani. Foi uma alegria, desde teatro encenado pelas crianças, onde se destaca “O ladrão e o polícia” interpretado pelos dois grupos: o das meninas e depois o dos meninos, em que a mímica era essencial para que estas crianças transmitissem ao público presente, a história que estavam a teatralizar. Foi uma risada só. Seguiu-se “ As brigadas da Natureza”, protagonizado pelos mais novos, em que estas crianças percorreram o acampamento atrás do lixo e de quem deitava lixo para o chão (ai de quem o fizesse). Um bom momento foi a peça teatral interpretada pelos monitores Toni e Julieta. Estes dois amigos da Radar 360, contaram uma história de um casal espanhol em que o marido tinha a mania de ser um pouco “mandão” o que levou ao rubro a comunidade, que os envolveu em força, levando mesmo a uma desgarrada com uma tia das crianças pelo facto da personagem masculina da peça, querer mandar na mulher…imagine-se isto em conversa acesa, na linguagem utilizada pela comunidade…que festa foi! Durante o dia esteve lá outro amigo um Writer, grafiter o Bruno que pintou um painel alusivo ao dia e ao povo cigano na sua caminhada pelas estradas da vida. Terminámos o dia, já longo, com a apresentação de várias curtas-metragens, reproduzidas numa tela gigante…cinema em casa! Ah! Claro, não me podia esquecer da apresentação das danças ciganas pelo grupo dos velhos dos ateliês. Meninos e meninas reproduziram aquilo que lhes está na alma…a música! Para o ano que vem que seja melhor ainda. Agradeço a todos aqueles que trabalharam neste dia e que tornaram possível um dia diferente na comunidade da Baralha…
A great number of young art teachers in Europe do not
have a regular job; they don’t always teach in schools or in
nice and stable educational settings. They must have imagi-
nation and be entrepreneurial and perseverant. Some make
projects that might be of interest for foundations, museums,
and social organisations. Paulo D’Alva, a young Portuguese
film maker and art teacher, started by proposing animation
workshops to museums and foundations or working on social
community projects. Last year he worked in a film-making
workshop in the gipsy community of Rua da Baralha. He was
invited to conduct the workshop by a foundation involved
in the social integration of gipsies. He helped children
and young participants from the community to produce an
animated film about their daily life: ‘Carro Preto Carro Branco’
(Black Car, White Car) http://www.vimeo.com/2111833.
The film tells about a romani (gipsy) man who lives six
days per week in a black car collecting and selling scrap metal
and on Sunday takes a trip with his family in the white car.
The film received an award by a well know film festival and
the authors of the film were proud to see their culture and
their identity respected by others through their art produced
in an informal educational setting. Schools in Portugal are
not able to motivate gipsy children due to bureaucratic rules
and disregard for different ways of expression. For example,
spontaneous musical and dance performances are not allowed
in normal classrooms. During the workshops in Rua da Bar-
alha, they learned how to tell their story through film-making
in an environment of dance and music. This year the children
who attend the workshop also increased their level of atten-
dance in their regular school.
www.insea.org/docs/InSEANewsletter2-1.pdf
Obrigado
fonte rtp
....que país...
O mar…
Algo tão simples e tão perto que, por vezes, se torna tão longínquo. Hoje de tarde, quando cheguei à Baralha fiz uma surpresa aos meninos e meninas do 2º grupo. Decidi que não haveria aulas. Era tempo de passear, de conviver de uma maneira diferente com eles. Como sabia que, alguns deles, nunca tinham ido, nunca tinham estado a “dois pés” do mar, lá fomos nós a Espinho (uma cidade que fica a cerca de 10Km, tão perto e tão longe). Em primeiro lugar, senti-me tão contente como eles, iam passear com um “pajo” que embora fosse conhecido, iria levar meninas e meninos a passear. Foi algo pensado quase na hora e dito às meninas para pedirem aos pais para as deixarem ir. Foi isto que me encheu o coração de alegria…as meninas vieram, foram autorizadas a saírem com o “professor” Filipe, foi a forma de eu sentir na pele a confiança, pelos pais, deposita em mim (sinceramente, pensei que não iriam por condicionantes de várias ordens) o que me fez sentir feliz naquele momento. Chegados a Espinho, correram para da borda da água… Experimentaram o salgado sabor do mar, sentiram o ar que lhes percorria o rosto. Elas rebolaram na areia, apanharam conchas, foram crianças, crianças que brincaram como todas as outras. Eles, mais tímidos, sentaram-se nas pedras a tentar ouvir o chamado das águas. Poucos momentos que valeram uma eternidade. Terminámos o nosso passeio a comer um gelado numa geladaria muito conhecida da zona, que final em beleza. De volta ao acampamento e, durante a viagem, ouvia-se o silêncio, ninguém falava…parecia que estavam a imaginar, o bater das ondas na areia, ali, mesmo junto deles no banco do carro. Fica a promessa, esta será a primeira de muitas saídas.
As palavras falam por si...
...então leiam
Singelo Olhar
Olhar brilhante e profundo
Cor da noite...com alma
Meninos simples... perdidos no tempo
Menino que brincas na lama
Transportas sonhos, embrulhados em segredo
Marejam-se os olhos... de estrelas,
Teu corpo baloiça na melodia da esperança
Beija-te, o crepúsculo num olhar singelo
Filhos do sol e do luar
...Sois o trio da Baralha
(Isabel/Bruma)
...Filhos da estrada...
Meninos na sua essência,
A estrada da vida como raiz…
São os Ciganos da Baralha,
No céu o sonho de ser feliz…
Ao redor da fogueira viva,
As labaredas do fogo gitano…
Na dança o vibrar da alma,
No sorriso o orgulho cigano…
Ao alvorecer do novo dia,
Ressoam os sons silenciosos…
Vidas cheias de Esperança,
Paixão nos gestos calorosos…
São meninos… são ciganos…
…tal como tu, como eu…
São meninos… são humanos…
(Hélder Magalhães)
Amigos obrigado lá do fundo...fundo...fundo...
...se todas as almas fossem assim...que bom seria o mundo.
Chegou o Entrudo ao carnaval das nossas vidas. Momentos de pura alegria no acampamento da Baralha. Semanas de trabalho na confecção e realização das máscaras, pelos meninos, no ateliê do monitor Paulo D`Alva (feitas de gesso), deram uma manhã de pura diversão e alegria. Começou com o encontro no pavilhão dos atelies, seguindo-se a marcha carnavalesca pelo acampamento, onde os mais velhos ajudaram à festa, com a sua dança, não fosse este um povo de dança e ritmo. Passámos para a estrada. Aqui percorremos as casas dos vizinhos pajos (não ciganos) onde cantarolámos uma música (pensada pelos meninos) alusiva ao Entrudo. Foi uma forma de estreitar laços com a comunidade não cigana vizinha do acampamento. Depois do almoço Eu, o coordenador do projecto Nuno Oliveira e o monitor Paulo D`Alva fomos fazer uma surpresa ( e que surpresa) a alguém que temos nos nossos corações. Metemo-nos no carro e lá fomos nós até Avanca. Depois de percorrer alguns acampamentos, lá descobrimos onde morava as pessoas de quem temos saudade, o Fernando e Irene. Um casal jovem que por vias do destino, deixou Sanguêdo e foi viver com os familiares do Fernando. Já no acampamento fomos recebidos de braços abertos, sendo uma alegria, imensa, ver os olhos do Fernando, sinceros e comovidos pela nossa visita. Pois é pá temos saudades tuas. Como nota final e, da minha parte, agradeço a este rapaz pois, sem duvida, foi a pessoa que me abriu as portas e me ajudou a ganhar a confiança (algo muito importante nesta comunidade) com o resto do grupo (no início da minha presença no projecto), foi alguém que me abriu o coração e os braços, sendo eu um pajo, ensinando-me logo à partida algo...”se falhares no projecto não irá ser por nossa culpa...” Fernando e claro Irene MUITO OBRIGADO.
Pedro e a sua flauta mágica...
A chegada do Paulo
A Marisa entre as meninas
Dança meu povo...Dança!
Nuno Oliveira e os seus apóstolos heheeh
Vai começar a festança...
Lá vamos nós pelo acampamento...
Na etnia cigana também há a história da Carochinha...aliás do João Ratão
Alguns momentos para recordar...
... que dois!
...momentos de alegria e de algum gesso no rosto, nas mãos e no cabelo...
Foi mais um momento para recordar no ateliê do monitor Paulo D`Alva. Estiveram a construir as máscaras para o Carnaval...Vai cá ser um Entrudo!
...mesmo cá fora estou aí dentro!
....beleza 1...
...beleza 2...
...beleza 3...
...beleza 4...
...somos lindas e amigas...
...Gabriel dava um doce pelo teu pensamento...
...um balão, coisa tão simples....
...sim somos nós...
...Gabriel, Hugo, Miguel, Filipe, Patrícia, Sandra...Lá ao fundo a fogueira...O fogo Gitano...
Ciganos
...Filhos da Estrada...
Sou Cigano, nascido nas estradas da vida. Tenho como cama a terra e como tecto o céu. Minha Língua perde- se na noite dos tempos. Hoje utilizo o Galego misturado com o Português e alguns termos de Romaní.
Vivo na minha existência em casas de madeira e zinco. Oh! Barraca da vida. Com as festas canto danço em volta da fogueira, neste lume da partilha, “- Ri-te gitano, ri-te!”. Acordo no alvorar dos amanheceres dos dias, lavando-me nas tinas e bacias dos banhos da alma. Com a dança faço vibrar o meu corpo e a minha alma. Com os movimentos sensuais das minhas mãos transmito falas e sons silenciosos; a minha paixão. Esta é a minha vida, simples risonha e cheia de esperança. Sou cigano/cigana, sim, com orgulho mas também sou humano como tu.
Texto pensado e escrito pelos meninos e meninas da Comunidade da Baralha.
Hugo, Filipe, Miguel, Lurdes, Sandra, Carla, Patrícia.
Existem almas, que povoam o mundo, mesmo estando longe, abraçam todos os seres humanos de igual modo. Pessoas, vidas singulares no viver mas com uma enorme capacidade de transmitir o bem estar e o querer a felicidade dos outros, seja por palavras, seja por actos...
Aqui fica o nosso obrigado ao Hélder Magalhães (Moreno) e à Isabel (Bruma) dois amigos eternos...dois poetas da vida e da escrita.
Hélder Magalhães poeta, tendo escrito dois livros, um que conta parte da sua vida, da sua luta contra algo terrível que lhe apareceu em jovem (o livro chama-se Iluminado) e, um segundo, de poesias ( de nome Cúmplices Momentos), ambos disponíveis online http://www.corposeditora.com/site/mostra_obra.asp?idcoleccao=20&idobra=408 ou por encomenda na Fnac. Aconselho vivamente.
...quando se trata de fotografias...estamos sempre prontos eheheh!
...que trio...e não é de Odemira...é da Baralha!
...olha quem é ele!! O Paulo, monitor do ateliê de Expressão Plástica, está todo enfeitado...aqui reina a alegria, os problemas ficam de fora da nossa sala... Ah! Este “rapazito” foi o principal responsável pela produção e realização da curta-metragem “Carro preto carro branco”.
(Paulo D`Alva à esquerda na foto com as fitas de Natal ao pescoço)
...há coisas que nada no mundo conseguem pagar...
Amor, carinho, amizade.
...todos os dias...
...a todas as horas...
...em todas os momentos tu estiveste sempre presente.
...nos maus e bons momentos, nas tristezas e alegrias, na saúde e na doença...
...tivemos sempre...
...sempre...
A tua mão amiga.
Obrigado ó “paja/cigana por tudo que fizeste e fazes por nós.
Boa sorte desejada por quem nunca, nunca se esquecerá de ti.
( Filipa, antropóloga que trabalhou nesta comunidade de alma e coração tendo, agora, apostado noutro projecto para a sua vida – homenagem sentida oferecida pelas as crianças e por mim a alguém que merece um muito obrigado, até sempre amiga)
Quando as pessoas trabalham com gosto são recebidas de braços abertos...
Pedro mais um colega de trabalho, esteve ausente durante algum tempo, pertencente à associação Radar 360, tal como a Marisa, o Paulo Cavernas e o Tony. Esta associação do Porto, tem dinamizado os ateliês, rodando os seus elementos, repartindo áreas especificas por cada um deles. Pedro bem vindo à nossa casa, as crianças e nós tínhamos saudades tuas. ( à esquerda na foto)
Há coisas tão simples que fazem os seres humanos tão felizes...
...alguns...
...chegou a caldeira da água quente...
Mais um momento para recordar.
Mais um Natal vem por aí... que seja para todos!
Esta é mais uma colega no projecto a decorrer no acampamento da Baralha. É a Marisa, monitora que trabalha na confecção de fantoches. É mais uma alma que tem dado o seu melhor para o desenvolvimento pessoal e afectivo destas crianças.
20-11-2008
Este dia, será sem dúvida, outro dia a não esquecer por todos aqueles que moram e trabalham na comunidade da Baralha. Depois de uma semana a prepara a nossa casa de trabalho e a contar as horas, eis que chega o dia. Meninos e meninas, de duas turmas, da escola EB 2/3 de Argoncilhe vieram visitar o local onde os seus amigos, de etnia cigana, vivem e estudam. Puderam ver com os próprios olhos as condições em que os seus colegas de turma vivem. Atravessaram a comunidade, falaram com os pais dos seus amigos, alguns, juntamente com os docentes que os acompanhavam, puderam entrar dentro das barracas de madeira e zinco e sentirem… Um dos comentários mais interessantes que saiu foi este “… credo que panelas (sendo elas de ferro fundido) tão alisadas e limpas…” (…pois é, apesar de se viver numa barraca sem condições não quer dizer que não haja higiene e limpeza). Prosseguindo a marcha, lá chegaram à nossa sede, nosso refúgio. Aí entraram em todas as salas para verem os trabalhos que estão expostos nas várias dependências da casa. Ficaram admirados com a quantidade de obras, sim, obras de arte, produzidas, criadas por ciganos. Seguiu-se a visualização do nosso filme e Making of “Carro preto carro branco”. Estava todos calados para escutarem com atenção a história reproduzida na tela, ou então a rirem-se com as brincadeiras que apareciam no making of. Simplesmente adoraram.
Terminou assim a visita, esperando eu, que seja a primeira de muitas.
Hoje é mais um dia feliz na comunidade da Baralha. Saíram os resultados do Cinanima - Festival Internacional de Cinema de Animação - em Espinho – Portugal. É claro que não tínhamos a petulância de pensar em receber qualquer prémio, já foi excelente, para o grupo de trabalho, aceitarem a nossa curta-metragem no festival. Eis que, na apresentação dos prémios de 2008, a organização resolveu atribuir uma menção especial ao nosso projecto “Carro preto carro branco”. Para nós (penso que posso falar em nome de todos os intervenientes, crianças, monitores coordenadores, comunidade da Baralha em geral, e todos os colaboradores do Castiis) foi mais um incentivo para continuar a desenvolver a integração destas pessoas, quebrar tabus e, principalmente para as crianças, uma forma de reconhecer o esforço que todos os dias fazem para desenvolver os seus conhecimentos, apesar das enormes dificuldades, de várias ordens, que se apresentam no seu dia-a-dia. Espero sinceramente que esta menção sirva para dar mais uma “pedrada no charco” como diz Nuno Oliveira, a todos aqueles que de uma forma mais organizada ou simplesmente por pura demagogia continuam a tapar os olhos para não verem/sentirem a necessidade de ajuda que este tipo de comunidades têm. Quanto a mim, continuarei a ser o “pajo” que tudo fará, com todas as minhas forças, a ajudar estes meninos e meninas dos 0 aos 99 anos. Termino, pensando, que este projecto (Progride) terminará para os finais de 2009, até lá muita coisa nova por aí virá.
Hoje mais um passo foi dado na apresentação do trabalho realizado com as crianças e jovens ciganos da Baralha. Assistimos à apresentação do filme de curta-metragem “carro preto carro branco” no auditório polivalente no Cinanima de Espinho, onde ocorre o 32º festival internacional de animação. Foi um momento óptimo, juntamente com Nuno Oliveira, o responsável pela implantação no terreno do projecto Progride, estiveram alguns jovens que protagonizaram o filme: Filipe, Hugo, Miguel, Sandra e Patrícia. O orientador da curta-metragem Paulo D`Alva não pode estar presente devido a compromissos laborais. O grupo ficou bastante entusiasmado, principalmente porque estavam a dar a conhecer ao mundo (e logo no Cinanima) o seu trabalho. Senti-lhes aqueles peitos a “incharem” de uma vaidade de salutar. Foi excelente. Espero, sinceramente, que este trabalho sirva para que esta comunidade se consiga afirmar/integrar cada vez mais no Concelho de Santa Maria da Feira e que com este registo mediático muito dos sonhos se realizem. Palavra de apreço final a todos aqueles conseguiram o feito “ CARRO PRETO CARRO BRANCO”.
Sou criança, sou menino, descalço sem rumo
Sou órfão deste lugar, deste caminho, deste mundo
Onde o meu pequeno futuro se esvai, se perde
Não porque eu quero...
Não porque eu sinto...
Simplesmente porque sou menino!
Menino sem pátria, um simples pária
Vivendo na lata das latas humanas
Nos guetos desta miséria de vida
Dizem que é do meu sangue, da minha história
Meu sangue é vermelho e o deles?
Dizem que roubo, mato, que tenho minha alma vendida
Esquecem-se de mim, perdem a memória
Esquecem-se que já foram meninos
Que sonharam, que brincaram
Esquecem-se ...
Sou criança, sou menino
Sou simplesmente alguém que pede uma mão
uma oportunidade, uma justiça
Quero viver, brincar, crescer
Quero ter uma vida, uma casa de banho
Quero um quarto meu, quero aprender
Atiram-me com os subsídios e os demais logros
Dizendo que não gosto de trabalhar
Dizendo que sou feito da mais pura preguiça
Que não gosto de lutar
Que ando de terra em terra
que sou um sem lugar
Sou criança, sou menino
Sou alguém que espera um sonho, uma quimera
Sou simplesmente um menino como os outros
Poema dedicado aos meninos de etnia cigana com quem trabalho todos os dias. Que apesar de todas as dificuldades, vão lutando para ter um vida melhor. Longe de preconceitos e xenofobias. Trabalho numa comunidade (casas de madeira e lata) onde fui desde o início recebido de braços abertos.
A eles obrigado por me receberem como um deles.
Momentos como este mostram o que é trabalhar com crianças, muitas vezes rotuladas com uma parafernália de adjectivos, com vontade de aprender. Este espaço foi o primeiro que tivemos, na sede do Castiis. Hoje já estamos a trabalhar no acampamento, lugar onde está montada a sede dos ateliês.
Começou mais um ano de trabalho, que não é de trabalho, mas de realização pessoal e gosto. Este ano com os grupos definidos de outra forma, tenho a certeza absoluta, que se o ano passado foi bom este será excelente.
Começámos, nestes primeiros dias, com o estudo das origem e da língua cigana. Falámos sobre a língua Romani/Caló, sobre o o seu uso no dia-a-dia da comunidade da Baralha (uso este que se está a perder, pois só os mais velhos têm algum conhecimento verdadeiro dele) onde se utilizam ainda alguns vocábulos antigos. Hoje em dia esta comunidade utiliza uma mistura de Galego com Português e algumas palavras, essas sim, de Caló. Aparte disso, esta semana foi tempo de reuniões com o agrupamento escolar, onde a maior parte destes alunos estão inseridos, com o intuito de unir esforços, entre a escola e os ateliês dos Castiis, onde eu sou monitor, para que se consiga o aproveitamento máximo para estas crianças. Não nos podemos esquecer, que esta comunidade, ainda a bem pouco tempo andava de terra em terra, nómada de alma e coração e, que por isso, não podem ter os hábitos e costumes de pessoas que não são da sua etnia. Temos de unir forças para a sua integração, não a sua assimilação, pois os seus costumes e tradições não se poderão nunca perder, deve ser a própria comunidade em geral a fazer esforços para ajudar a preserva-los. Portugal só poderá ser rico se souber preservar as suas gentes e as suas diferenças.
Lurdes
Diogo
Gaspar
Rui Jorge (Tiago)
Gabriel
Sandra
Patrícia
Carla
Miguel
Hugo
Sandrinha
Rafaela
Júlia
Tamara
Laurinda
O povo que caminha sem parar. Eis aqui a roda simbolizando esse movimento constante.
O facto do Povo Cigano não ter, até os dias actuais, uma linguagem escrita, fica quase impossível definir sua verdadeira origem. Portanto, tudo o que se disser a respeito de sua origem está largamente baseado em conjecturas, similaridades ou suposições.
A hipótese mais aceita é que o Povo Cigano teve seu berço na civilização da Índia antiga, num tempo que também se supõe, como muito antigo, talvez dois ou três milênios antes de Cristo. Compara-se o sânscrito, que era escrito e falado na Índia (um dos mais antigos idiomas do mundo), com o idioma falado pelos ciganos e encontraram um sem-número de palavras com o mesmo significado. E assim, os Ciganos são chamados de "povos das estrelas" e dizem que apareceram há mais de 3.000 anos, ao Norte da Índia, na região de Gujaratna localizada margem direita do Rio Send e de onde foram expulsos por invasores árabes.
Outros pontos também colaboram para que esta hipótese seja reforçada, como a tez morena comum aos hindus e ciganos, o gosto por roupas vistosas e coloridas, e princípios religiosos como a crença na reencarnação e na existência de um Deus Pai e Absoluto. E com respeito à suas crenças, tanto para os hindus como para os ciganos, a religiosidade é muito forte e norteia muito de seu comportamento, impondo normas e fundamentos importantes, que devem ser respeitados e obedecidos.
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